A 17 de Maio de 1959 (Dia de Pentecostes) perante a imagem de Nossa Senhora de Fátima, com a participação de todo o Episcopado Português, os Cardeais do Rio de Janeiro e de Lourenço Marques (Maputo), autoridades civis e de 300 mil pessoas, inaugurou-se o Monumento. Sua Santidade, o Papa João XXIII fez-se presente por Radiomensagem. Na ocasião, o Cardeal Cerejeira fez uma consideração eloquente: “Este será sempre um sinal de Gratidão Nacional pelo dom da Paz”.
Importa referir que a imagem de Cristo Rei é da autoria de Mestre Francisco Franco e a imagem de Nossa Senhora da Paz, que se encontra na Capela do Monumento, é do Mestre Leopoldo de Almeida, sendo que o projecto tem como autores o arquitecto António Lino e o Engenheiro D. Francisco de Mello e Castro.
O Monumento de Cristo Rei é um farol divino, uma mensagem de amor, uma grandiosa profissão de Fé!
A imagem foi construída na própria estrutura, utilizando-se para o efeito moldes de gesso, preparados previamente a partir da maqueta.
No total utilizaram-se cerca de 40 mil toneladas de betão. Depois de construído, foi esculpido à mão num trabalho de minúcia, desenvolvido a mais de cem metros do chão.
Importa salientar que nenhum homem morreu na construção deste imponente monumento.
Cerca de um ano após o final da II Guerra Mundial, em 18 de Janeiro de 1946, na Pastoral Colectiva, o Episcopado português para além de fazer referência ao 3º Centenário da Coroação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal, declarou formalmente ter feito a promessa de erguer o Monumento a Cristo Rei e, a partir daí, a campanha de angariação de fundos intensificou-se activamente.
Devemos também fazer referência à participação de todas as crianças portuguesas na campanha de angariação de fundos para a construção do Monumento, campanha essa que se chamou “Pedras Pequeninas” estendendo-se desde 1939 até 1958.
O princípio que norteou esta campanha foi sobretudo o valor do sacrifício das crianças e a eficácia da sua oração.
Ao longo do ano as crianças iam renunciando a algo, colocando essa renúncia num mealheiro que depois era depositado no Presépio das suas Paróquias no dia dos Santos Inocentes (28 de Dezembro).
É de salientar que esta Campanha rendeu cerca de 7.500,00 €.
Na história, tão cheia de grandeza e fé, da devoção a Cristo e em especial ao seu Sacratíssimo Coração, há algo importantíssimo, que merece referência para explicar a data para o lançamento da primeira pedra do Monumento.
Na cidade do Porto, por coincidência a “Cidade da Virgem”, viveu a Irmã Maria do Divino Coração, que influenciou o Papa Leão XIII a determinar a consagração de todo o género humano ao Coração de Jesus. Em 1949, comemorava-se o 50º aniversário desse fausto acontecimento religioso e esse motivo fez com que o cardeal Cerejeira escolhesse propositadamente esse ano.
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