Foto Inácio Rosa
Em Portugal agudiza-se a crise na construção naval e em Chernobyl continuam a morrer pessoas em consequência da tragédia nuclear, o que leva a Comunidade Económica Europeia (CEE) a suspender as importações de produtos frescos do leste europeu.
O Diário de Notícias de 13 de maio de 1986 noticia que os trabalhadores da Parry and Son se reúnem em plenário para apreciar a decisão de requerer a falência da empresa, aprovada em assembleia geral de acionistas.
“Não se pode atirar assim para a rua centenas de trabalhadores, ainda por cima a dever-lhes 15 meses de salário”, denunciava um elemento da Comissão de Trabalhadores, António Germano.
O plenário “irá tomar medidas, se calhar, drásticas”, lê-se na antiga edição do DN.
Os acionistas (IPE- Investimentos e Participações do Estado e a Lisnave) decidiram declarar falência dois anos depois de o governo ter “inviabilizado uma proposta” no sentido da integração da empresa no processo de viabilização da Lisnave, que manifestara disponibilidade para absorver a Parry and Son.
O jornal noticiava também neste dia a morte de mais seis pessoas em consequência das queimaduras sofridas na explosão de um reator nuclear em Chernobyl, na Ucrânia.
As notícias vindas do leste europeu levam então a Comunidade Económica Europeia a suspender a importação de alimentos frescos de países como a Bulgária, a Hungria, Polónia, Roménia, Checoslováquia, União Soviética e Jugoslávia.
Fonte ::::> LUSA