1996 – Romeu Correia

Romeu Correia faleceu em 12 de junho de 1996 em Almada

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1996

Foi escritor e dramaturgo autodidacta, colaborou em várias publicações, de que se destacam o Suplemento Cultural de O Comércio do Porto, Vértice e Sílex. Recebeu, entre outros, o Prémio 25 de Abril atribuído pela Associação de Críticos Teatrais em 1984.

Destacou-se como ficcionista e dramaturgo, inserindo-se inicialmente na corrente Neo-realista. As suas obras, marcadas por uma forte ligação às fontes da literatura oral popular, decorrem frequentemente em ambientes como os do circo, das feiras, do teatro de fantoches ou outros grupos marginais à sociedade. A estas características aliam-se, porém, técnicas dramáticas do teatro de vanguarda. Foi, nos últimos anos da sua vida, o dramaturgo mais representado por grupos amadores de teatro em Portugal.

Paralelamente à carreira de escritor, Romeu Correia foi atleta de competição em Atletismo e campeão nacional de Boxe amador. Casou em Outubro de 1942 com Almerinda Correia, uma futura campeã nacional de Atletismo.
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Recebeu, em 1962 e 1975, o prémio Casa da Imprensa (na altura conhecido como o prémio Óscar da Imprensa); em 1984, o Prémio de Teatro 25 de Abril, da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro; e, pela peça O Vagabundo das Mãos de Oiro (1962), o Prémio da Crítica. Escreveu ainda, entre outras peças, Casaco de Fogo (1953), Bocage (1965), Grito no Outono (1980), Tempos Difíceis (1982), O Andarilho das Sete Partidas (1983) e A Palmatória (1995). No dia 4 de Novembro de 1958 a sua peça Céu da Minha Rua foi transmitida em directo pela RTP com Amália Rodrigues a estrear pela primeira vez como actriz na televisão.

A sua peça Tempos Difíceis (1982), originalmente intitulada Retaguarda, foi encenada por Joaquim Benite no início dos anos 80 e levada ao palco pela Companhia de Teatro de Almada. Fizeram parte do elenco nomes como Canto e Castro e Ema Paul.

Muitas das suas obras foram traduzidas em Chinês, Húngaro, Checo, Alemão, Russo e Braille. A sua obra foi algumas vezes alvo de estudos catedráticos, tendo sido distinguida por algumas Universidades em todo o mundo (Universidade de Viena de Áustria por exemplo). Em 1996, na Universidade de Grenoble (França) foi concluída uma tese de Doutoramento sobre toda a sua obra.
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A sua biografia pode ser encontrada nos mais completos dicionários de autores do Mundo como The International Authors and Writers Who’s Who (Cambridge-Inglaterra); Who’s who in the World (Chicago- Estados Unidos); Who’s Who in Europe (Amesterdão – Holanda); ou Dictionary of International Biography (Cambridge – Inglaterra).

niciou a sua vida profissional como bancário, mas desde muito cedo sentiu uma apetência pelas artes e o desporto. Desportista, escritor e dramaturgo, autor de obras como Trapo Azul (1948), Calamento (1950), Bonecos de Luz (1961) ou o Vagabundo das Mãos de Oiro (1960), Romeu Correia dedicou quase toda a sua obra romanesca e dramatúrgica a Almada e às suas gentes, descrevendo as várias actividades profissionais, as suas vidas e o seu quotidiano de labuta.

Recebeu vários prémios literários dos quais se destacam Prémio Casa da Imprensa, recebido em 1962 e 1975, o Prémio de Teatro 25 de Abril da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro, recebido em 1984 ou ainda o Prémio da Crítica conquistado em 1962 pela sua peça o Vagabundo das Mãos de Oiro. Algumas das suas obras estão traduzidas em chinês, búlgaro, alemão e húngaro.
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Pelo seu contributo na Literatura Portuguesa e também pela dedicação que sempre devotou a Almada, a Câmara Municipal decidiu homenagear Romeu Correia com a Medalha de Ouro da Cidade em 1978.
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Gabriel Quaresma

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