José Sócrates apresentou os seus argumentos para chumbar o projecto de Manhattan/Cacilhas. O ministro do ambiente não se deixou convencer pela imagem futurista que iria ocupar os antigos estaleiros da Lisnave.
osé Sócrates apresentou as razões pelas quais vai chumbar o projecto de Manhattan/Cacilhas. O ministro do ambiente não se deixou convencer pela imagem futurista que iria ocupar os antigos estaleiros da Lisnave.
«Aquele projecto é um projecto ao qual o ministério do Ambiente se opõe. [O Ministério] não contemplará nenhum plano que apresente uma solução como aquela que foi publicamente apresentada», anunciou Sócrates, sublinhando que «nós achamos que o projecto é contrário às orientações que foram definidas pelo ministério em termos de política de ordenamento do território».
O ministro está em desacordo quanto às medidas que foram apresentadas pelos arquitectos para aquela área.
«É uma solução completamente desadequada, com grande impacto paisagístico e ambiental, que é muito negativo no nosso ponto de vista, e que não resulta de uma opção de ordenamento do território, nem à escala local, nem à escala metropolitana», declarou Sócrates.
O ministro lançou também algumas acusações aos orientadores do projecto.
«As dívidas pagam-se com dinheiro e não à custa do ordenamento do território. É por isso que disse aos serviços que dependem do Ministério do Ambiente que nós nos vamos opor aquele projecto tal como foi apresentado e, por outro lado, que nos recusamos a rectificar qualquer plano de solução como aquele que foi apresentado», disse Sócrates.
Contudo, o ministro não põe de parte aprovar outro projecto, desde que respeite o local e a sua história. «Achamos que aquela zona, é uma zona urbano-industrial, decadente e desqualificada. Deve ser devolvida à cidade e deve ser reaproveitada, mas com uma política de ocupação que tenha em vista a nobreza daquele espaço e que sirva localmente e regionalmente», concluiu Sócrates.
Fonte ::::> TSF