Investimento autárquico superior a dois milhões de contos
A Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Mutela deverá estar concluída em meados do próximo ano. Quando terminada a obra, imediatamente a ETAR entrará em fase de testes para afinar funcionamentos. Até ao final de 2002 a gestão da mesma será da responsabilidade do consórcio construtor para garantir que, quando passar para as “mãos” dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Almada (SMAS), esteja a 100 por cento.
Esta obra obriga a um investimento municipal que ultrapassa os dois milhões de contos e está preparada para receber as águas residuais de mais de 140 mil habitantes. Quando a ETAR da Mutela estiver a funcionar em pleno, tratará os esgotos das freguesias do Pragal, Almada, Cova da Piedade, Laranjeiro (parte) e Feijó (parte).
Gestão pública funciona
A ETAR da Mutela e a do Portinho da Costa vão ser ambas geridas pelos SMAS. Para isso já foi aprovado pela Câmara Municipal de Almada (CMA) e pela Assembleia Municipal uma restruturação nos quadros dos SMAS, a fim de permitir essa gestão.
O facto de ser uma empresa pública, já com provas dadas, a gerir as ETAR marca um benefício ao nível do serviço e dos próprios custos do tratamento das efluentes.
Como afirma o presidente dos SMAS e vereador da CMA, Henrique Carreiras, um exemplo das vantagens da gestão municipal é o custo do tratamento das águas residuais praticado na ETAR da Quinta da Bomba (também de gestão municipal), que é de 26$00 por metro cúbico (m3). Nalgumas ETAR da Área Metropolitana de Lisboa, de gestão privada, o preço do tratamento por m3 ultrapassa os 50$00.
Almada a 100 por cento
Com a conclusão da ETAR da Mutela e da ETAR do Portinho da Costa (prevista para o final do próximo ano) e com a ETAR da Quinta da Bomba (actualmente já em funcionamento), o concelho de Almada fica coberto a 100 por cento no que respeita ao tratamento de águas residuais.
Actualmente, segundo dados fornecidos pelos SMAS, encontram-se por ligar à rede concelhia de esgotos cerca de três mil fogos (três por cento do total do concelho), grande parte resultantes de situações clandestinas, num universo de 97 mil habitações. Por isso, a autarquia está a providenciar medidas para que este número reduzido de proprietários realize as ligações.
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