Novembro 2001
A Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) não acompanha hoje o o buzinão, nem a marcha lenta a que apelou a Associação Democrática de Utentes da Ponte 25 de Abril e, pelo contrário, defende que os automobilistas deviam antes promover uma “marcha rápida”, utilizando o comboio e deixando os carros em casa.
Para esta associação, manifestações do tipo buzinão – a que recorre com alguma frequência a Associação Democrática de Utentes da Ponte 25 de Abril – feitas a tão curta distância das próximas eleições autárquicas, podem contribuir para “obscurecer os problemas em vez de os esclarecer”, nas palavras de Manuel João Ramos, um dos fundadores da ACA-M.
Além disso, são manifestações que “impedem uma discussão séria dos graves problemas de acesso à cidade de Lisboa, do excesso de automóveis que nela entram diariamente (mais de 400 mil automóveis por dia) e dos iníquos subsídios às portagens”.
Para a ACA-M, “a haver subsídios, eles deverão ser atribuídos à Fertagus, concessionária da linha de comboio que faz o serviço entre as margens do rio Tejo através da ponte, e que presentemente utiliza apenas 30% da sua capacidade de transporte de passageiros, porque as portagens para automóveis são demasiado baratas”.
Além do buzinão e da marcha lenta, a Associação Democrática dos Utentes da Ponte 25 de Abril apelou para hoje ao não pagamento das portagens, entre as 7h00 e as 9h00 da manhã, devendo os automobilistas pedir a guia para pagamento posterior, ou recorrer ao pagamento com trocos, ou quantias a partir de dois mil escudos.
Fonte :::> Jornal Público